sábado, 21 de janeiro de 2017

Era uma vez

Era uma vez um homem que achava que tinha razão.
Era uma vez um homem que só via dinheiro, poder e ambição.
Era uma vez um homem que se achava melhor que os outros.
Era uma vez um homem que negava o evidente e defendia um mundo cruel.
Era uma vez um homem que era louco.
Era uma vez um país de cegos.
Que escolheram aquele homem para os governar.
Era uma um país grande e poderoso
Que se tornou num país dividido
Era uma vez uma nação evoluída
Que regrediu mil anos
Mas tudo é mau?
Não
Era uma vez um país pequeno
Quase escondido, à beira mar plantado
Liderado por um homem com coração
Um homem que da abraços e distribui afetos,
Que seca as lágrimas dos infelizes
Com as suas próprias mãos.
Era uma vez esse país pequenino...
Mas onde há lugar para todos.
P.S. Hoje sinto me uma privilegiada por ter em Portugal, por viver neste pedaço de paraíso que tantas vezes nos atrevemos a criticar. Mas tenho pena...pena que o maior país do mundo tenha escolhido para presidente um homem que representa tudo aquilo que eu e as pessoas que acreditam na evolução da sociedade e do ser humano.
Esperamos....hoje não trago notícias de um mundo melhor.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Eco ideias 5

Ai Natal, Natal a correria das compras, o consumismo vibrante... Por esta altura já a maioria dos presentes estão comprados, mas como Natal é todos os anos, já para não dizer quando um homem quiser por isso aqui ficam algumas ideias para um natal mais económico mas sobretudo mais e ecológico.
Faça você mesmo: costumo oferecer uma lembrancinha extra a parte dos presente à família. Este ano por exemplo foram saquinhos de tecido feitos à mão com ervas para o chá (hortelã, lúcia lima e etc). Mas muitos presentes podem ser coisas caseiras feitas com muito amor por exemplo biscoitos, compotas, licores ou mesmo fotografias em molduras ou colagens mais ou menos artísticas...
Deixe -se de complexos: toda a vida recebi roupa, livros e brinquedos das minhas primas mais velhas e não fiquei traumatizada nem um bocadinho. Por isso sou completamente a favor dos presentes em segunda mão. Se existem brinquedos em bom estado ou mesmo quase sem ser usados em que as crianças mais velhas já não pegam, podem muito bem ser oferecidos aos mais novos. Acredite que para eles são novos basta serem novidade!
Compras de proximidade: procure comprar produtos de artesanato local. São sempre presentes originais, únicos, ajudam a economia local e o facto de não serem transportados em grandes distâncias torna-os muito mais amigos do ambiente!
E sobretudo, não se esqueçam que os presentes são o menos importante do natal! A família, o amir e a alegria são o que realmente interessa!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Eco-ideias 4

Com o Natal mesmo mesmo quase a chegar, todos nós, consumistas incorrigíveis lançamo-nos nessa incrível odisseia dos presentes. As minhas ideias de hoje são válidas não apenas na época festiva mas durante todo o ano. Proponho ecologia e economia juntas e eficazes....mas apenas para quem não tem problemas em utilizar artigos em segunda mão.
Pois bem, todos temos habitualmente casa uma enorme parafernália de objectos que simplesmente já deixamos de utilizar, livros, brinquedos, aparelhos electrónicos, decorações . Coisas a que genericamente chamamos "tralha". Pois em vez de agarrar em tudo o que já não quero e enfiar num saco de lixo ou numa caixa no sótão a ganhar pó, eu utilizo o site www.troca-se.pt. É uma comunidade on-line, portuguesa, de troca de artigos usados. Basta criar um perfil, registar os artigos que tem disponíveis para troca, de preferência com fotografias e depois basta negociar com os outros utilizadores. Habitualmente conseguem-se trocas muito satisfatórias e os artigos têm por regra uma qualidade muito boa, até a acima do esperado. É muito eficiente e só tem como contra ser necessário despender algum tempo para procurar artigos do nosso interesse e negociar as trocas. Extremamente útil
Por outro lado, para comprar roupa ou para nos vermos livre daquela que já não usamos e que só fica a ocupar espaço nos armários, recomendo vivamente as lojas da Humana -Portugal. É o maior projeto de reciclagem têxtil no nosso país e tem tudo para ser classificado de perfeito. Se por um lado podemos deixar a roupa que já não queremos nas lojas ou em contentores espalhados por aí e que podem ser encontrados no site da associação , por outro, podemos adquirir as roupa a preços ótimos e com promoções ocasionais de perder a cabeça, sendo que uma boa parte das receitas revertem a favor de projetos ligados ao desenvolvimento em África. Só são colocadas à venda peças em muito bom estado, mas o leque de escolha é muito variado, eu costumo comprar sobretudo roupa mais desportiva e/ou fim de semana. Com este sistema o desperdício é praticamente nulo, a Natureza agradece (nesta loja até as etiquetas dos artigos são em papel reciclado), a nossa carteira não fica demasiado leve e para mais estamos a ajudar aqueles que mais precisam. Sou uma fã incondicional da Humana.
Artigos em segunda mão compensam e muito, é perder o medo e experimentar!

sábado, 12 de dezembro de 2015

Meus Queridos Jihadistas :
Não adoramos o mesmo Deus. E muito menos o interpretamos da mesma maneira. Eu não conheço bem o vosso Deus. Só o suficiente para acreditar que tal como o meu, é todo ele amor, bondade e paz, porque só assim pode ser verdadeiramente divino. Mas como digo, não conheço o a vossa religião. Mas conheço a minha. E o meu profeta disse:
" Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos"
E é porque eu sigo os ensinamentos do meu Deus que eu vos escrevo para vos dizer isto: EU PERDOO-VOS. Perdoo-vos todas as vidas que tiraram sem dó nem piedade, todos os órfãos que criaram, todas as feridas que deixaram abertas, todo o caos, destruição que causaram, toda a dor e sofrimento que semearam. Não é nada fácil, mas busquei bem no fundo do meu coração o perdão e encontrei. E vou continuar a encontra-lo a cada barbárie, a casa banho de sangue que cometerem. Porque é isso que me distingue de vocês e me torna melhor. Mais vos digo que não só perdoo como vos amo. Amo-vos como amo qualquer ser humano ainda que vislumbre em vocês poucas características que vos tornem dignos desse nome. Mas, ainda que sejam máquinas assassinas, selvagens e brutais, sem um pingo de sentimento eu continuarei a amar-vos como a qualquer irmão da mesma espécie que queiram ou não, todos partilhamos. E saibam que não são só as vossas vítimas e famílias, mas também vocês estarão sempre nas minhas orações. Peço todos os dias ao meu Deus, porque não conheço o vosso, que vos ilumine a alma, que vos salve e vos indique o caminho do bem. Rezo para que vos seja devolvida a consciência e a capacidade de sentir que nos torna Homens e que vocês, não sei por que caminhos travessos da vida perderam. Não é fácil acreditar em tudo isto que hoje escrevo. É muito difícil quando confrontada com os vossos atos. Mas eu tenho fé e sou forte. E sei que o meu Deus me vai ajudar todos os dias a ser cada vez melhor nesta árdua tarefa de vos perdoar e amar não obstante aquilo que façam. Vou conseguir.
Porque o amor é o único caminho possível.
Ass: EU

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Observando a Natureza

Todos sabemos que o Inverno é frio, chuvoso, escuro e anoitece cedo. O Inverno pede o conforto do sofá, de uma lareira e mantinha, um filme e uma chávena de chá (biológico) quente. Mas o Inverno dura quase 4 meses. É muito tempo para estarmos sempre a fazer as mesmas coisas. Sugestão: um passeio pela Natureza. Sim, eu sei que está frio. Mas vistam um casco grosso, cachecol, luvas e gorro, botas e façam-se ao caminho. Pode ser uma passeio curto. Distraiam-se a observar a beleza rude das árvores despidas de folhas, o chilrear triste dos pássaros e a névoa por cima dos riachos, um por do sol precoce. Não é um cenário de sonho, mas é bonito. Prometo que vale a pena. Há algo de degradante mas belo nos dias de Inverno, sobretudo naquelas tardes curtas mas soalheiras que devemos aproveitar. Experimentem!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Eco-ideias 3

Ora bem, esta ideia é talvez mais velha que a Sé de Braga mas convém sempre relembrar. Blocos de apontamentos/rascunhos reaproveitados. A história é simples. A minha fotocopiadora encrava imenso e estraga muitas vezes a impressão, por isso, mesmo em papel reciclado acaba sempre por haver muito desperdício o que é constrangedor. Por isso, pego nas folhas, corto-as ao meio e aproveito o lado inverso que ainda não foi usado para tomar notas simples de memória ou quando falo ao telefone e afins. Com um agrafe lateral fica mesmo um bloco perfeito, do melhor que há!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Caçadora de histórias

Sou uma observadora de pessoas. Talvez por gostar tanto delas e ser apaixonada pelo modo como a Humanidade é tão diferente e ao mesmo tempo toda tão igual, passo boa parte da minha vida a perscrutar os rostos de quem passa tentando ler neles histórias de vida. O meu "terreno de caça" ideal sempre foram os transportes públicos que utilizo várias vezes ao dia. Sempre me fascinou aquele microcosmos temporário no qual vários estranhos ficam retidos no mesmo espaço, condenados à breve companhia uns dos outros. Por isso, há muito que tenho vindo a tentar deixar de lado o telemóvel (nem sempre conseguindo) e limitar me a aproveitar as viagens para me deleitar na contemplação dos outros. Mas resulta. E às vezes resulta tão bem que a parede de vidro que separa a observadora do observado se quebra e as pessoas me permitem entrar um pouco nas suas vidas. Estas são as suas histórias, que fazem o meu mundo um pouco melhor. "Há já algum tempo que conheço a D. Irene. Pode ter esse nome, ou outro qualquer, um dia pergunto-lhe, moramos na mesma zona e cruzámos-nos muitas vezes. Já teve um enfarte e outros problemas cardíacos que a fazem ter os pés inchados e cansar-se facilmente. O filho não gosta que sai sozinha e preocupa-se muito, mas ela não se dá em casa, gosta de andar de um lado para o outro. De volta e meia, o rapaz telefona-lhe para saber onde anda. Outras vezes é ela mesma que dá notícias. Mas não sabe usar a agenda do telemóvel, tem o numero do filho num papel branco colado com fita cola nas costas da bateria. É o único para quem liga. D. Irene fala de mais, diz a toda a gente onde fica a sua casa e que mora sozinha e um dia a propósito de querer comprar uma carteira nova chegou mesmo a mostrar me a dela, carregada de cartões de multibanco. Assustei-me ao ponto de falar. Raramente interfiro com o que me dizem, só emano murmúrios de concordância. "veja lá, não mostre isso a toda a gente!". Mas D. Irene não fez caso, gosta de conversar. Sempre que a vejo sorrio, e ela sorri me de volta e sinto aquele pequeno aperto no peito, de receio onde as suas conversas a possam levar" " Foi no natal passado que conheci a D.São. Também não sei o nome dela. Estava arreliada porque o autocarro se cruzou e tinha a mãe, doente de alzheimer sozinha em casa à espera. Contou me que ela e a irmã tomavam conta da senhora em dias alternados, com a ajuda de um apoio domiciliário para a higiene. Mas de noite a mãe ainda ficava sozinha. Não sabia por quanto tempo mais pois ainda num outero dia qualquer, fora alertada pela vizinha de que a senhora se pusera a ver televisão e a comer bolachas de madrugada, por já não ter noção das horas. Também tentara corrê-la um pouco de casa para tratar das limpezas, pedindo lhe que fosse ao café mas a mãe ficara sentada na entrada do prédio porque entretanto se esqueceu onde ia....Estava preocupada com a consoada, tinha de tratar de tudo e ainda prtreparar a mãe e levá-la para a sua própria casa. É outra vez natal, como estará D.São.?" " Aqui há dias cruzei me com a D. Adelaide. Tinha vindo visitar uma neta ao Porto que lhe deram um bonito ramo de flores. Ia apanhar a camioneta para Viana mas mal podia com o saco da roupa. Falou me da vida da neta, com quem gostava de conversar mesmo até ao momento em que esta tivera de deixar o autocarro numa paragem anterior. Ajudei-a a tirar o saco e a sair e para me agradecer, quis me dar um beijinho. Achei tão bonito que não pude deixar de partilhar com a minha mãe e acabei por lhe ligar." "Hoje conheci o Sr. Toni. Este nome sei que é o seu. É o único. Conhecemo-nos a propósito da atitude muito pouco cívica de um condutor que encostou à paragem e ali ficou uns bons 10 min se se preocupar com os outros carros que tinham de entrar em transgressão, atravessando a linha contínua para o contornar. Sr. Toni estava muito irritado, porque apesar de não conduzir há 15 anos fora toda a vida motorista de pesados. Trabalhava numa armazém de mercearias na baixa e um dia quando se sentiu demasiado cansado pediu um aumento. Não lho deram e demitiu-se mas não sem antes levar com ele um dos sócios da empresa que não aceitou a forma como o melhor dos seus trabalhadores estava a ser tratado " o único que chegava sempre com a camioneta vazia no fim do dia". Saiu duas paragens antes de mim e bateu no vidro para me acenar efusivamente. Gostei de o ter conhecido"